Quem sou eu

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Do outro lado da rua

A minha confusão era tanta, o meu mundo estava tão fechado e escuro que não conseguia enxergar a um palmo. Os sinais fechavam desordenadamente. Nada fluía. E aquele desassossego me empacava, os pés estavam fincados no espaço (esparso). Eu era a dona do nada, apenas dos olhos d'água. Sem poder voltar, fiquei, sem poder ficar, dei o primeiro passo. E numa exaustão descomedida consegui cruzar a esquina e conhecer uma nova cidade. Foi lindo, lindo encontrar você acenando do outro lado da rua. Sorrindo. Esperando por mim desde o passado, desde quando existe o tempo.